quarta-feira, 10 de março de 2010

Situação do Meio Ambiente


Biodiversidade ou diversidade biológica é o conjunto das espécies de seres vivos existentes na biosfera, ou seja, nas partes do planeta Terra onde há vida. Pesquisadores estimam que existam entre 10 milhões e 50 milhões de variedades de plantas, animais e microrganismos no mundo, sendo que, até agora, foram classificadas e nomeadas apenas 1,5 milhão. O Brasil é considerado o país com maior diversidade biológica do planeta, já que aproximadamente 13% das espécies conhecidas estão nesse território.
Ameaças à biodiversidade
Em tempos remotos, fatores biológicos e ambientais, chamados de causas naturais, eram responsáveis pela extinção de determinadas espécies. Entre eles as erupções vulcânicas, mudanças climáticas e competição entre os animais. A espécie humana, no entanto, ao longo de sua evolução, interferiu no ecossistema e se tornou a principal ameaça aos outros seres vivos que habitam o planeta.  Entre as principais intervenções estão:
- destruição e fragmentação de habitats, como desmatamento, desertificação, queimadas, mineração, represamento da água, erosão e assoreamento, urbanização e vias de transporte;
- introdução de espécies e doenças exóticas (na agricultura, pecuária, piscicultura e urbanização);
- exploração de espécies de plantas e animais (extrativismo vegetal, lenha e carvão; exploração seletiva de madeira, caça e pesca);
- e contaminação do solo, água e atmosfera (gases tóxicos, partículas no ar, agrotóxicos e fertilizantes agrícolas, salinização, resíduos sólidos tóxicos, resíduos tóxicos na água, excesso de nutrientes nas águas).

Entre os fatores indiretos, econômicos e sociais, estão:
- crescimento acelerado das populações humanas, com aumento do desmatamento e do comércio de espécies ameaçadas de extinção;
- distribuição desigual da propriedade, da geração e fluxo dos benefícios vindos da utilização e conservação da biodiversidade;
- sistemas e políticas econômicas que não atribuem o devido valor ao meio ambiente e aos recursos naturais;
- sistemas jurídicos e institucionais que promovem exploração não sustentável dos recursos naturais;
- desconhecimento e falhas na aplicação de meios de conter as ameaças à biodiversidade.
Brasil
A Constituição Brasileira de 1988 passou a considerar o meio ambiente como fator estratégico para tomada de decisões políticas, reconhecendo a ligação entre o desenvolvimento social e econômico e a preservação da natureza. Com o tempo, essa mudança de visão também foi adotadas pelas administrações estaduais e municipais, que passaram a dividir com o governo federal uma parte da responsabilidade na condução das políticas ambientais.
Ao sediar a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio-92, e ratificar a assinatura da Convenção sobre Diversidade Biológica, o Brasil reforçou o compromisso de proteger a sua biodiversidade.

Ministério do Meio Ambiente (MMA) tem participado ativamente desse compromisso. Dados sobre a biologia, taxonomia, distribuição e status de conservação das espécies são fundamentais para órgãos ambientais, ONGs conservacionistas e para as comunidades acadêmicas e científicas envolvidas na preservação ambiental.

Para aumentar o acesso a essas informações, o MMA selecionou e apoiou financeiramente pesquisas científicas destinadas à elaboração e implementação de planos de manejo de espécies ameaçadas. Uma vez implantados, são submetidos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que ajuda a definir de estratégias destinadas à conservação das espécies. 
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